Estive à conversa com o Filipe Páscoa na Vocation Brewery, perto de Manchester, no Reino Unido. Ficámos a conhecer o seu percurso até se tornar Shift Leader nesta que é uma das maiores Craft Breweries do UK.
Discutímos o consumo exagerado que se observa nesta região, mas também sobre a tendência de se beber em menos quantidade e com menos álcool. Se há uns anos, conseguiam-se facilmente convencer os estudantes a juntar-se aos clubes cervejeiros (neste caso à Warwick Real Ale Society), hoje é dia é mais difícil, pois muitos deste alunos não consomem álcool.
Falámos sobre o que distingue uma cervejeira craft ou não – sobre a regulamentação americana e italiana, se a Samuel Adams já mudou novamente os limites nos EUA, e se a Brewdog (que consegue produzir cerca de 600.000 latas de cerveja num dia) ainda é considerada craft.
Existe ainda o estereótipo que assombra o Filipe – sempre que conta a alguém que é cervejeiro – confundem-no com a arte de fritar bifes e pescar sapateiras… a clássica diferença entre uma cervejeira (que produz) e uma cervejaria (onde é servida a cerveja).
Os tempos de Covid foram atribulados para as cervejeiras, mas o Filipe contou-nos que essa foi a altura de maior crescimento para a Vocation, que duplicou as suas vendas através de um aumento exponencial das suas cervejas em supermercado.
À data de publicação, o Filipe partiu para um novo desafio na Riviera Francesa – Blue Coast Brewing Company.